quinta-feira, 18 de março de 2010

Nasceu. É do mundo.

Nesses últimos dias de férias, fiquei de bobeira zapeando a televisão sem nenhum motivo. Só para passar o tempo. Acabei parando na MTV e conheci o tal de “Teen Cribs”. Basicamente, o programa mostra adolescentes que moram em mansões incríveis de tão luxuosas. Só vendo para acreditar.

Em alguns casos, o dinheiro em excesso aliado à falta de noção culmina em um resultado de gosto no mínimo duvidoso. Acabei de assistir a um episódio no qual um adolescente mostrou orgulhoso o banheiro dele com uma privada automática. A tampa se levanta sozinha quando alguém se aproxima e ainda tem um bidê interno para limpar o usuário após a conclusão do trabalho.

Outro episódio mostrou uma mansão que parecia mais um parque de diversões, com direito a quadra de basquete, estábulo com cavalos e pôneis, além de uma piscina em local fechado, mas com teto solar para os dias mais quentes. A dona da casa resumiu o motivo de ter esbanjado tanta grana na residência: “Meu marido e eu não queremos nunca que eles (os filhos) vão embora”. Ao ouvir isso, tive a impressão de que os garotos estão sendo criados dentro de uma redoma.

Não me entenda mal. Deve ser ótimo ter uma casa dessas, com tanto conforto e opções de lazer que a gente nem precisa sair para se divertir. Mas isso não torna desnecessária a experiência “além-muro-da-casinha-do-papai”.

Fiquei imaginado qual é a noção de realidade desses adolescentes. Será que eles já se depararam com um mendigo? Opa! Não vale personagem de cinema nem o morador de rua do jogo GTA que você ganha ponto por atropelá-lo.

Será que os amigos desses jovens gostam deles ou só querem aproveitar a ilha da fantasia onde eles vivem?

E mais. Como é possível ficar maduro sendo protegido pela mamãe e pelo papai 24 horas por dia?

Sei não. Adoro conforto, mas acho que, nesse caso, o excesso é prejudicial à saúde. E para terminar, um recado a mãe que construiu um castelo para não ficar longe dos filhos. Sinto muito, senhora. Não adianta. Um dia, eles vão embora e aí vão ter de se virar sozinhos. E pior, sem nenhuma experiência prévia porque sempre estiveram excessivamente protegidos.

Um comentário:

  1. OI Michele, achei vc aqui... que bom. vou te seguir... tb tenho dois blogs: esquisitadri.blogspot.com e atravessarfronteiras.blogspot.com
    passa lá!
    beijocas
    dri

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